Portugal - Tu podes

domingo, 20 de abril de 2014

Mochila às costas

Neste lugar de planície, atravessado por ribeiras, mar e campos que nos enchem a alma de viagens e experiências, acampar ou ficar hospedado num dos montes caiados de branco, junto à planície, nas serras, ou perto do mar são boas maneiras de viver em pleno o verdadeiro Alentejo.
Por aqui, desbravam-se campos de lilases, observam-se aves únicas e descobrem-se paisagens que nunca mais se esquecem, sejam elas em plena planície, no topo de uma falésia, num montado ou junto ao mar.

A meio caminho entre a serra e o mar, entre albufeiras, rios e campos a perder de vista, pegue nos binóculos pela manhã e veja outro Alentejo – região privilegiada para o birdwatching durante todo o ano, nos vales e estuários dos rios. Castro Verde, Mértola, Barrancos, Mourão, Lagoas de
Sto. André, de Sancha e de Caia destacam-se nesta prática.

Em Outubro, não muito longe, em Marvão, não perca o Festival Al Mossassa, que assinala a fundação da vila, com a recriação de um mercado árabe, artesanato, gastronomia, música e teatro.

Percorra a História pelo Norte Alentejano e o Alentejo Central, com forte presença do megalitismo, como Reguengos de Monsaraz, ou Castro da Cola, em Ourique, do período Neolítico e chega-se à presença da civilização romana. Aqui destacam-se Miróbriga, em Santiago do Cacém, Ammaia, em Marvão, ou villae como a de Torre de Palma, no concelho de Monforte e as de S. Cucufate ou Pisões que abasteceram a importante Pax Julia (Beja) e o ainda bem conservado Templo Romano de Évora, ex-líbris do seu antigo centro. No período islâmico, pare em Mértola, a vila mais árabe de Portugal e aprecie a sua singular Mesquita.

Se quiser viver a natureza, aventure-se por trilhos pedestres e passeios de BTT nas serras, entre montes, vales e ribeiras.
O Parque de S. Mamede é o local mais elevado do Alentejo, com 1025 metros de altitude. Percorra os seus mais de 56.000 hectares de extensão nos cinco percursos pedestres sinalizados do terreno.

As albufeiras circundantes, de Caia, de Montargil, do Maranhão, do Divor, são outra óptima maneira de explorar a natureza e praticar desportos como o ski aquático, o remo, a vela, canoagem, ou simplesmente nadar.

Em Cabeço de Vide troque a água pelo ar e voe de balão até Évora. Se não estiver satisfeito, no aeródromo de Évora pode saltar de pára-quedas a 3000 pés de altitude sobre a cidade.

Caso não goste de voar, passe por Elvas, e desfrute de um bom momento cultural no Museu de Arte Contemporânea, onde está patente parte do acervo da colecção António Cachola, com mais de três centenas de obras da arte contemporânea portuguesa. Ou então aventure-se pelo circuito mineiro, de Cercal do Alentejo ao Lousal, da importante mina de Aljustrel, passando por Castro Verde, e subindo até às singulares minas de S. Domingos, há espaços museológicos em antigas instalações, visitas guiadas e passeios na descoberta deste original património industrial e geológico.

Na linha do Alqueva chegue a Barrancos e visite o Parque de Natureza do Noudar.
Ao final da tarde, quando as cores quentes encherem o céu, veja o pôr-do-sol ou experimente parapente ou asa delta, com descolagens do alto das falésias do litoral ou de montanhas no interior.

Para os adeptos do fim de tarde na praia, da Zambujeira do Mar a Tróia, há muitos areais a descobrir. No início de Agosto, o Festival do Sudoeste, na Zambujeira do Mar, e, no fim de Julho, o Festival Músicas do Mundo, em Sines, fazem as delícias dos melómanos que não passam o Verão sem mar. Para os amantes das ondas, a praia de São Torpes é óptima para a prática de surf.




Turismo de Portugal; 20/ 04/ 2014